
Não
é preciso dizer sobre a comoção popular que gerou este acidente, imaginar-se na
pele de qualquer dos familiares é o bastante para abalar à qualquer um com o
mínimo de sensibilidade.
Porém,
não vim aqui dizer sobre a dor e sim sobre a libertação e o quanto que, apesar
de parecer errado, tudo está correto.
Quem
de nós nunca ouviu a frase: “Deus escreve certo por linhas tortas” e, “Não
somos seres humanos que tem experiências espirituais e sim espíritos que
vivenciam a experiência humana”?
Como
espiritualista a mais de trinta anos não consigo deixar de notar o quanto as
pessoas se deixam envolver pela matrix esquecendo-se completamente do que pregam,
aprendem, ou até mesmo, do que vivenciam em suas jornadas mediúnicas. Então, o
que vemos é uma avalanche de dores e lamentações, comentários infindáveis do
quanto horrível pode ter sido a morte deste ou daquele, em quantos pedaços ficaram
os corpos.
Um
espiritualista que vivencia o contato direto com entidades espirituais, que
algum dia teve um desdobro consciente, que recebe lições diretamente do plano
astral já não deveria encarar a morte com um pouco mais de equilíbrio e
naturalidade, me pergunto?
No
meu ponto de vista, a morte é na verdade uma libertação, onde finalmente nos
encontramos livres do fardo da densidade deste corpo que nos limita em tantos
sentidos, além de ser a única certeza absoluta de nossas vidas terrena.
Sabemos
que qualquer tipo de desencarne coletivo é amparado por grupos astrais
socorristas que estão prontos para receber todos os desencarnados, sendo assim,
a garantia de que estes rapazes tiveram e estão tendo auxílio é um fato
incontestável, o que já deveria consolar e acalmar os corações, ao menos dos
espiritualistas e, assim manter um equilíbrio maior para auxiliar numa situação
destas.
O
piloto que a tempos vinha transgredindo regras acabou sendo um instrumento para
a espiritualidade diante da necessidade deste desencarne coletivo, sendo assim,
notamos que está tudo certo, mesmo parecendo tudo errado. As coisas não são um
acaso, elas são determinantes de um plano maior e quem tem fé, confia nisto e,
se utiliza dos sinais deixados para reafirmar esta confiança, como por exemplo:
O rapaz que esqueceu o passaporte e não embarcou, ou ainda mais marcante, os
que embarcaram e não desencarnaram.
Ainda
dentro do contexto espiritualista, eu pergunto à vocês amigos: Do que adianta
esses comentários de dor, sofrimento, aprofundando na sordidez do acidente? Que
tipo de energia estamos nós emanando para estes jovens e para os familiares
deles? Será que se confiássemos no Pai Maior, no amparo do astral e com
equilíbrio emanássemos uma energia de conforto ou então fizéssemos uma oração
sem ficar o tempo todo aumentando o peso dessa dor, não seria melhor? Quantos
de nós fez isso? Quantos de nós escapou da matrix e se manteve equilibrado e
com discernimento? Quantos de nós realizou o que os espíritos nos ensinam?
E
para ser mais impactante ainda eu ouso dizer que muitos que disseram estar
sofrendo devido a notícia deste trágico acidente, na verdade, apenas utilizou
dela para de alguma forma externar suas próprias dores e frustrações,
mascarando até de si próprio a real fonte da dor e das lágrimas. Será que todos
nós conseguimos ser o suficiente verdadeiros para parar e observar nossa dor
para depois ver o quanto a notícia fez doer?
Não
me entendam mal, não é uma questão de insensibilidade, muito ao contrário
disto, estar no lugar dos parentes destes meninos dever ser algo terrível
porém, me sinto na obrigação de ao invés de ficar pensando nisto, pensar em
força, fé, coragem, garra para enfrentar, compreensão, amor, compaixão, LUZ...
Deus
é Onipresente, Onisciente e Onipotente... Eu confio...
Abraços e Luz,
Mãe Solange de Iemanjá
Perfeitíssimo esse texto, penso assim e tento agir dessa forma e Nos tornamos " insensíveis a dor alheia". Isso se chama aprendizado e confiança.
ResponderExcluirTalvez, essa tal "insensibilidade" possa passar a ser chamada de consciência astral, você não acha?
ExcluirSempre bom ler coisas assim!
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