
A Umbanda, antes de ser assentada
no plano material, foi minuciosamente pensada para atender as pessoas da época
e para resistir e colaborar na fase de transição planetária.
Hoje ela é centenária porém,
podemos dizer sem receio de errar que é tão atual quanto necessário para o
momento que estamos vivendo.
Na época do seu assentamento as
pessoas humildes não tinham acesso a médicos, advogados, psicólogos, conselheiros,
etc. Sendo assim, as entidades da Umbanda supriam tais carências com
aconselhamentos gerais e curas. Infelizmente, com a interferência de médiuns
mal intencionados ou literalmente ignorantes, no decorrer do tempo, criaram vários
padrões distorcidos da realidade astral, fazendo da Umbanda quase que um balcão
de negociatas onde a troca de favores eram realizadas entre assistentes e
entidades. Muitos destes médiuns, os mal intencionados, se valiam dos feitos
astrais para se beneficiarem de alguma forma. Como por exemplo: Receber
dinheiro em troca de trabalhos que garantiriam certa vantagem para o
consulente; aceitar objetos de valor em forma de agradecimentos enfim, se
tornaram de alguma forma mercenários abusando da fé alheia.
Infelizmente estas condutas foram
trazidas por anos a fio até por casas conceituadas e sérias de uma forma mais
amena porém, ainda assim, negligenciando os direcionamentos astrais que
deveriam ser seguidos a risca.
A Umbanda é uma religião humilde
para os humildes porém, jamais foi e será uma religião ignorante. Tais condições
se deram por conta de médiuns ignorantes que não alcançavam os objetivos do
plano astral.
Muitas curas foram realizadas
principalmente com ervas, já que quase ninguém tinha acesso à médicos ou
hospitais. Este é um dos casos que podemos notar grande diferença nos últimos
anos e fica fácil compreender as razões. Cada dia menos vemos as entidades
receitando ervas medicinais ou ensinando as pessoas a elaborarem remédios através
de ervas, como as garrafadas, emplastos, etc. Nos primórdios era comum as próprias
pessoas já possuírem algum tipo de conhecimento neste sentido e, também
cultivarem em seus quintais algumas ervas medicinais para casos de emergências.
Sendo assim, quase todas as pessoas conheciam as ervas e as cultivavam e se por
um acaso não as possuíssem com certeza as encontrariam na casa de uma comadre
ou vizinha amiga. Hoje, a grande maioria das pessoas não conhecem absolutamente
nada a respeito de ervas; não reconhecem suas folhas, formatos, aromas; não
sabem de suas propriedades medicinais e não possuem nada plantado em suas casas
ou nas casas de conhecidos. Então podemos compreender o porque as entidades estão
deixando de usar tais recursos, não que as ervas não sejam eficazes, mas por
conta desta falta de intimidade e pela incerteza de como tais ervas são
cultivadas e armazenadas, podendo causar mais problemas do que trazer soluções
nos casos de utilização inadequada ou até na utilização de erva errada, por
falta de conhecimento. Lembrando também, que nos dias atuais o acesso à médicos
e medicamentos está extremamente facilitado o que agiliza o tratamento e a cura
em si.
Outra questão são as mirongas, é
sabido que o plano astral veio ao longo deste tempo recolhendo velhos
conhecimentos de magia que em mãos erradas se transformaram em verdadeiras
armas, que invadiam e dominavam o livre arbítrio de terceiros e, ou prejudicava
substancialmente a vida dos desafetos. Tais atitudes por infringir uma das leis
Cósmicas, a do livre arbítrio, colaborou para que o plano astral decidisse
recolher tais conhecimentos.
Enfim, posso afirmar que nos dias atuais, entre os médiuns mais novos, provavelmente nenhum deles saibam como fazer um feitiço de fato.
Enfim, posso afirmar que nos dias atuais, entre os médiuns mais novos, provavelmente nenhum deles saibam como fazer um feitiço de fato.
Pois bem, se os guias da Umbanda
não fazem mais mirongas com feitiços, não utilizam mais ervas para curar as
pessoas o que restou nos terreiros?
Restou o fluxo evolutivo, a
expansão da consciência dos seres que vivem no planeta nos dias atuais. Sendo
assim, todos que hoje aqui estamos já temos a capacidade de compreender como
fluem as energias Cósmicas e qual o caminho para nos livrarmos de todos os
males existentes. A reforma íntima ou o auto conhecimento é o principal canal
de ligação energética salutar nos tempos atuais.
Através disto poderemos compreender todas as causas de nossas doenças, que nada mais são do que somatizações desequilibradas de nossa emoções (vaidades, egos feridos, orgulhos, melindres, vitimísmos, etc). Através da psicossomática podemos estudar e nos aprofundarmos à este respeito. Já na questão prosperidade, também através do auto conhecimento, conseguiremos identificar medos e bloqueios; conceitos e pré conceitos que nos impedem de crescer; a postura emocional diante dos obstáculos e a fuga de nossas culpas e responsabilidades, jogando-as nas costas de outras pessoas, governo, situações, etc.
Através disto poderemos compreender todas as causas de nossas doenças, que nada mais são do que somatizações desequilibradas de nossa emoções (vaidades, egos feridos, orgulhos, melindres, vitimísmos, etc). Através da psicossomática podemos estudar e nos aprofundarmos à este respeito. Já na questão prosperidade, também através do auto conhecimento, conseguiremos identificar medos e bloqueios; conceitos e pré conceitos que nos impedem de crescer; a postura emocional diante dos obstáculos e a fuga de nossas culpas e responsabilidades, jogando-as nas costas de outras pessoas, governo, situações, etc.
Diante do quadro atual e da
capacidade que o ser encarnado adquiriu em compreender os fluxos energéticos Cósmicos,
ou as Leis Divinas, vemos hoje nos terreiros um trabalho muito maior na
conscientização das pessoas do que qualquer outro tipo de trabalho.
Hoje não há mais espaço para colocar as culpas no obsessor ou no Exú. Já há um nível razoável de compreensão que tudo que nos acontece são resultantes de nossas escolhas, boas ou más e que a colheita será inevitável.
Hoje não há mais espaço para colocar as culpas no obsessor ou no Exú. Já há um nível razoável de compreensão que tudo que nos acontece são resultantes de nossas escolhas, boas ou más e que a colheita será inevitável.
Como diz Vovó Maria Cambinda: -
Quem planta arroz, jamais colherá milho. Ou seja, tudo o que chegar até nós, de
bom ou de ruim, será a resultante de nossos atos e escolhas.
Por estas razões básicas é que
podemos compreender que os terreiros de Umbanda não são balcões de negociatas
onde as entidades atenderão aos seus desejos em troca de um presente ou acordo
qualquer; não são agências matrimoniais para arrumar maridos ou esposas ou então,
separar amantes; não são agências de empregos e nem, muito menos agências bancárias
para te trazer dinheiro de alguma maneira. Longe disto que foi dito, os
terreiros, pelo menos os sérios e comprometidos, são na verdade escolas que
ensinam e direcionam seus seguidores à cumprir com as Leis Divinas e as Leis de
Evolução. Todas as entidades de Umbanda continuam sim, ajudando, impulsionando,
direcionando, curando e aconselhando porém, tudo dentro de seu grau de
merecimento sem ultrapassar um milímetro se quer daquilo que lhe é devido.
A maior lei dentro dos terreiros
hoje em dia é a efetivação da reforma íntima e do melhoramento pessoal calcados
na verdade e não em máscaras.
Abraços e Luz,
Mãe Solange de Iemanjá
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