
De uma forma muito simplificada
porém, esclarecedora vamos classificar algumas classes espirituais do ponto de
vista Umbandista. Digo do ponto de vista umbandista devido alguns termos serem
usados em outros seguimentos com compreensão diferente.
Exemplo:
- Ao se falar de transporte no
seguimento kardecista, temos a compreensão que: *Transporte é o fenômeno
mediúnico que consiste em trazer para o local onde está o médium objetos que se
encontram em outro lugar. (Livro dos Médiuns)
- Ao se falar de transporte
no seguimento esotérico temos a compreensão que :
*Transporte é a capacidade
do espírito se deslocar de um local ao outro conforme desejo consciente
enquanto o corpo físico permanece em descanso (dormindo). O que é também
conhecido como viagem astral ou desdobramento.
- Ao falar de transporte no
seguimento umbandista temos a compreensão que: *Transporte é o ato onde uma
entidade sofredora ou maligna é captura através do médium de trabalho, como o
auxilio e direcionamento de uma entidade (guia), para que seja tratada e
direcionada aos campos de reabilitação evolutiva de forma voluntária ou
compulsória dependendo do caso.
Sendo assim, a classificação que
segue abaixo, está diretamente relacionada aos termos utilizados nos terreiros
de Umbanda.
- ESPÍRITOS SOFREDORES:- Como a própria palavra diz, são espíritos
que estão em estado de sofrimento e devido o estado psíquico se mantêm presos e
apegados ao plano material. Muitos estão presos sob proteção dos falangeiros de
Omulú na calunga pequena (cemitério), onde recebem tratamento para o despertar
necessário. Diante do sofrimento e medos que experimentam, acabam se
aproximando das pessoas encarnadas por afinidade vibracional e geralmente isto
acontece em grupos, prejudicando a pessoa em questão, através do processo de
obsessão.
Vale
ressaltar que tais espíritos não tem a intenção de fazer mal ou prejudicar
as pessoas que são obsidiadas por eles, isto ocorre simplesmente pelo estado
negativo que se encontram e a ligação se dá devido a afinidade do padrão vibracional
afins do encarnado.
Àqueles
que não estão presos dentro dos campos santos protegidos pelos falangeiros de
Omulú, encontram-se errantes, vagando pelas ruas, casas e locais aos quais
tinham apego.
Suas
manifestações nos terreiros, durante os transportes, não são violentas e nem
agressivas. Ao contrário disto, eles se mostram amedrontados e frágeis,
implorando por ajuda ou até mesmo calados transmitindo o tamanho de seus
sofrimentos através de lamentos e choros.
- QUIUMBAS:-
Ao contrário dos espíritos
sofredores, sua única intenção é a de fazer o mal, provocando todo tipo
de prejuízo mental e moral nas pessoas. Estas entidades, completamente
endurecidas, se comprazem com o sofrimento alheio aproveitando das fraquezas e
desequilíbrios para transformar em escravos o maior número possível de
espíritos.
Ao
contrário do que se pensa, os quiumbas possuem um grau muito grande de
inteligência e conhecimento, estas entidades fracassam em termos morais devido
ao ódio que carregam em si. Seguirão por estes caminhos tortuosos até o momento
dos resgates Divinos que acontecerá de forma voluntária ou compulsória, mais
dia menos dia.
Os
quiumbas vivem no baixo astral agrupados em verdadeiras hordas que são
alimentadas pelo ódio, rancores, sexualidade desequilibrada, sentimentos de
vinganças e emanações de vícios de toda espécie.
Estas
entidades, quando capturadas, se manifestam nos médiuns emanando violência e
agressividade, vontade de externar palavras de baixo calão e transmitem toda
maldade que cultivam. Porém, sendo o médium bem preparado e atuante nos ritos
da Umbanda com comprometimento e seriedade, cabe à ele impedir que todas essas
manifestações sejam externadas, usando de seu auto controle e livre arbítrio
para filtrar toda e qualquer manifestação negativa que possa influenciar o
campo astral do terreiro e a faixa vibracional das pessoas que estejam
presentes nestes trabalhos, assegurando a firmeza energética.
- PROTETORES:-
São espíritos que ainda se encontram na jornada reencarnatória, ou seja,
ainda necessitam reencarnar para evoluir. Estas entidades são as que mais se
assemelham aos encarnados "considerados normais e ajustados as regras de
bom convívio".
Conscientes
da necessidade de se aperfeiçoar incorporam as falanges que seguem os
ensinamentos de Cristo trabalhando na questão evolutiva própria ao ajudar e
direcionar os encarnados. Geralmente compõem as falanges dos baianos,
boiadeiros, marinheiros e etc., trabalhando diretamente com nossos desajustes e
desequilíbrios.
Estas
entidades habitam as zonas astrais pertencentes aos trabalhadores da egrégora
da Umbanda (conhecidas como Aruanda ou Juremá) onde, além de reabastecerem suas
energias, ainda recebem ensinamentos e direcionamentos de entidades em grau
maior de evolução. São engajados nas Leis Cósmicas e seguidores dos
ensinamentos de Cristo.
- GUARDIÕES:-
Verdadeiros defensores e protetores
dos terreiros e médiuns. Entidade de alto grau de comprometimento com as Leis
Cósmicas, verdadeiros policiais atuantes no baixo astral, senhores da ordem e
disciplina, executores da Lei evolutiva trabalhando única e exclusivamente para
o bem.
Geralmente
habitam em fortes localizados nas regiões do baixo astral, lidando diretamente
com todas as espécies de desequilíbrios existentes neste sub mundo e no plano
material.
Ao
se manifestar nos terreiros, se mostram amigos, educados, sempre dispostos a
ensinar e direcionar. De conversa franca, apontam caminhos onde podemos
encontrar nossa evolução. Não se mostram com estereótipos animalescos, ou seja,
não rosnam e nem mostram garras e deformações, não se embriagam e nem são
agressivos ao se dirigir às pessoas e não usam palavras de baixo calão
(palavrões). Ao contrário disso, são extremamente educados. Alguns se
apresentam de forma mais descontraída porém, grande parte deles se apresentam
muito compenetrados, postura normal se levarmos em conta o posto de policiais
que assumem. Sendo assim, se mantêm compenetrados, concentrados e alerta.
Podemos
dizer, sem o temor de errar, que qualquer manifestação animalesca, agressiva e
chocante por parte destas entidades, nada mais é que o médium externando o que
ele traz em seu interior, nada tendo haver com a entidade em questão. Portanto,
se observarmos o comportamento de tais entidades, podemos ver facilmente o que
o seu médium é realmente, pois sua atuação no mental do médium é a de
justamente fazer com que venha para fora o que o médium mascara, para que assim
possa se auto avaliar e iniciar um trabalho de reforma.
- RABOS
DE ENCRUZA:- São entidades ainda endurecidas, que geralmente se utilizam
dos mistérios (nomes) dos guardiões, como por exemplo: Tranca Ruas, Capa Preta,
7 Encruzilhadas, Meia Noite e por ai a fora. Porém, utilizam destes mistérios
na negatividade, interferindo no livre arbítrio das pessoas, através do conhecimento
de magias, manipulações anímicas e magnéticas. Podemos dizer que tais entidades
ainda não possuem um conceito formado e firmado entre o bem e o mal, por esta
razão aceitam trabalhos de qualquer ordem desde que recebam elementos
magísticos que reforce suas energias como forma de pagamento. E ao perceber que
recebeu algum tipo de punição causada pelo trabalho solicitado não hesita em se
vingar daquele que fez o pedido. Não
podemos deixar de lembrar que trabalhar ou aceitar a intervenção de tais entidades
através de seu dom mediúnico te faz fonte inesgotável de ectoplasma e fluído
vital, que será sugado sem a menor sombra de dúvida. Comprometendo futuramente
sua saúde e equilíbrio emocional e mental.
Muitas
destas entidades encontram-se em condições de ser recrutada pelos guardiões que
os direcionarão para futuramente engrossar as falanges de trabalho em prol às
Leis Divinas. São grandes colaboradores quando despertam e optam pelo caminho
do bem pois, através desta escolha passam a utilizar de todo conhecimento que
trazem para ajudar e reforçar os cordões da Lei Maior.
Habitam
o baixo astral, reunidos em grandes grupos com o intuito de se proteger.
- GUIAS:-
São entidades com grau bem superior ao médium com o qual trabalham, atuam
no plano material como doutrinadores e direcionadores. Ensinam como respeitar a
Lei Divina e a importância da auto avaliação e melhora do ser. Geralmente se
comprometem com uma ou mais encarnações do médium auxiliando-o em sua evolução.
São entidades que ainda cumprem resgates na crosta terrestre e que labutam em
seu aperfeiçoamento próprio através do trabalho que realizam despertando vários
espíritos para a Lei Maior.
Nos
terreiros são conhecidos como caboclos, pretos velhos e Ibejís. Suas
manifestações são de alto grau de respeito, conduta e moral. Lidam diretamente
com energias naturais promovendo curas de toda ordem. São os responsáveis por
passar as doutrinas e fundamentos da Umbanda e geralmente assumem o posto
hierárquico de dirigente espiritual dos terreiros.
No
astral, habitam regiões conhecidas como Aruanda e Juremá.
- MENTORES:-
Entidades benfeitoras que se ligam diretamente à uma pessoa ou casa,
podendo ser um amigo astral ou até uma ancestral, com o intuito de ajudar. São
verdadeiros amigos que não nos abandonam em quaisquer circunstâncias. Podemos
dizer que aquela voz que fala em nossos ouvidos é justamente a intervenção
destas entidades na tentativa de nos aliviar ou direcionar.
O
grau evolutivo destas entidades não está ligada a evolução do seu pupilo e também
podem não estar ligados diretamente à um seguimento de ordem religiosa, ou
seja, o mentor pode ser uma entidade que cuida de um médium umbandista porém
não atua diretamente ligado a nenhuma falange de trabalho da Umbanda.
Não
devemos esquecer que tais divisões são feitas por nós os encarnados, pois no
astral o importante é o caminho a ser seguido e todos interagem conforme seus
conhecimentos e faixa vibracional.
Abraços e Luz,
Mãe Solange de Iemanjá05.04.13
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